Fundador da “União da Juventude” ainda bem jovem, em 1901, um espaço de resistência da cultura negra e defesa do candomblé e religiões afro-brasileiras em Campinas (SP), principal liderança da luta negra e operária no interior de São Paulo, fundou também a “Liga Humanitária dos Homens de Cor”, em 1915, uma associação mutualista que organizava as lutas dos operários negros das ferrovias.
Foi um dos líderes da Greve Geral de 1917, ferido durante o enfrentamento entre a polícia e trabalhadores ferroviários no episódio conhecido como “Massacre da Porteira do Capivara”, e preso durante a greve de ferroviários de 1920. Armando Gomes também foi escritor e artista plástico, crítico da falta de objetividade e organização do sindicalismo anarquista durante o 3º Congresso Operário Brasileiro, em 1920.
Foto da diretoria da Liga Humanitária dos Homens de Cor, 1915, Campinas. Armando Gomes é o primeiro sentado à esquerda.