2013 | II FESTIVAL

II Festival do Filme Anarquista e Punk de SP

dezembro de 2013

A idéia continua sendo simples e direta: realizar um Festival dedicado a exibições de filmes, sobretudo documentários, recentes, criados principalmente por anarquistas e punks de várias partes do mundo. Como se isso não bastasse, inclui-se também na programação criações que abordam diversas temáticas sociais sob um olhar crítico e libertário. Círculos de conversa, oficinas, declamação de poemas e exposições artísticas completam a programação.

Herdeiro de uma cultura e arte política libertária comprometida com a classe trabalhadora e com qualquer outro grupo social historicamente marginalizado, excluído e injustiçado pela classe dominante e sua ideologia hegemônica, o Festival é apenas uma pequena amostra de como o audiovisual tem sido uma importante ferramenta de propaganda das idéias, agitações, estéticas e imaginações libertárias. No Brasil e no mundo, pequenas salas, muros, butecos, praças, campos de várzea, becos, vielas, lajes, sob um teto ou ao ar livre, cineclubes fazem exibições, realizam festivais e afirmam a presença anarquista também no contra-cinema comercial.

A maioria dos filmes e documentários que serão exibidos no Festival foi concebida de forma autônoma e independente. Munidos de tecnologia acessível e barata, muitos filmes são frutos do lema “faça você mesm@” e nem por isso perdem em qualidade estética. Não são filmes neutros nem filmes óbvios. Embora cada um deles apresente um compromisso com a história de anarquistas e lutadores/as movidos por um profundo desejo de justiça social em momentos e contextos diferentes. Aqui, não vale apenas ter “uma idéia na cabeça e uma câmera na mão”. É preciso ter a coragem de inserir na história e no imaginário social, narrativas, enredos, ações e personagens que a filmografia oficial faz questão de apagar. Neste sentido, o Festival coloca-se na contramão da produção do esquecimento na qual o cinema comercial está comprometido.

A repercussão do primeiro Festival realizado em 2012 foi tão positiva que muitas propostas surgiram antes mesmo de circular as inscrições para esta segunda edição. A quantidade de filmes aumentou depois que as inscrições foram abertas, novamente com produções feitas no Brasil, América Latina e outras partes do mundo. Da primeira para a segunda edição algo que nos chama a atenção é a quantidade de novos proponentes, que não inscreveram filmes no ano anterior e, sendo assim, são estreantes no Festival. Por um lado, o farto material reunido exigiu que a comissão estabelecesse critérios de exibição e organização da programação, e por outro, confirmou que o Festival veio mesmo para ficar!

Para esta segunda edição, o Festival preparou uma programação que vai ocupar três noites e dois dias, na sexta tem a abertura com declamação de poemas, rap e apresentação das exposições e sábado e domingo tem exibições, círculos de conversas e oficinas, repetindo a edição anterior. Ao todo, serão exibidos 33 filmes, divididos em documentários, animações, vídeo-poesias e experimentais, longas, curtas. Além disso, quatro círculos de conversa, duas oficinas e quatro exposições permanentes. Títulos, sinopses, país de origem e ficha técnica estão disponíveis logo a seguir neste catálogo.

Durante todo o Festival, vai funcionar uma feira de livros anarquistas, libertários e publicações independentes, DVDs, discos, camisetas, acessórios e lanches veganos.

Há mais de um século o anarquismo vem alimentando a possibilidade de um mundo mais justo e igualitário no qual não caiba nenhum tipo de opressão. E há pouco mais de um século acontecia também a primeira exibição pública de um filme. O mundo nunca mais foi o mesmo depois do anarquismo e dos filmes. Ainda não sabemos se é possível um cinema anarquista. Os filmes que serão exibidos neste Festival apontam alguns caminhos. E como a história ainda não chegou ao seu fim, seguimos rumo a estação liberdade!

 

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

DOWNLOAD DO CATÁLOGO COMPLETO 2013

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FILMES e DEBATES

“Sessão filme-debate: Guerra Civil Espanhola”

– Reportagem do movimento revolucionário em Barcelona
(Documentário | 21:39 min. | 1936 | Oficina de Información y Propaganda | Espanha – legendas em português por Coletivo Terra Livre)

Este documentário é considerado como o primeiro rodado durante a Revolução Espanhola, filmado nas ruas de Barcelona entre o dia 19 e o 24 de julho de 1936. Um documento histórico de como um povo vai para as ruas para se defender de uma rebelião militar que quer faze-la ficar ainda mais na miséria, ao mesmo tempo que extravasava seu ódio contra seus cúmplices, uma igreja ultrarreacionária aliada desde sempre na Espanha com os exploradores.

– Barcelona trabalha para o front
(Documentário | 21:57 min. | 1936 | Oficina de Información y Propaganda | Espanha – legendas em português por Coletivo Terra Livre)

O filme reúne imagens do funcionamento e organização do Comité Central de Abastecimentos, da CNT, que se encarregava do envio de alimentos para o front e para a cidade, bem como da fabricação de produtos alimentícios, manutenção de armazéns, gestão dos restaurantes coletivizados, etc.

Sessão seguida de conversa sobre “A CIDADE DE BARCELONA NA REVOLUÇÃO ESPANHOLA” com Biblioteca Terra Livre

Sabado, 14/12 – 14:20 | SALA 2

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– A Voz do Trabalhador Livre: As Judias Anarquistas
(Documentário | 57 min. | 1980 | Steven Fischler e Joel Sucher | EUA –
legendas em português por Cinza)

“A Voz Livre do Trabalhador: As Judias Anarquistas” segue a história de um jornal anarquista em iídiche que publica sua última edição. A história é contada na maior parte pela equipe agora idosa, mas não derrotada, do jornal. Esta é a história de um dos maiores movimentos radicais entre trabalhadoras imigrantes judias do século 19 e 20, e a as condições que as levaram a se unirem.

Sábado, 14/12 – 16:30 | SALA 2

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“Sessão Temática: De Tipnis ao Santuário dos Pajés”

– A ditadura da especulação
(Documentário | 12:40 min. | 2012 | Zé Furtado/CMI-DF | Brasilia/DF)

O curta metragem mostra as tentativas de impedir que as máquinas derrubassem a vegetação local para construção de edifícios do setor noroeste. Diversos confrontos entre indígenas, manifestantes, polícia militar e seguranças da administradora Terracap, que é a estatal que administra as terras públicas do Distrito Federal. O movimento de resistência ao avanço das construções desse novo bairro em Brasília, que tenta retirar do local um antigo santuário e a comunidade indígena que habita a área.        

– De Montagem em Montagem
(Documentário | 9:16 min. | Productora de Comunicación Social | Chile)

O curta “De Montagem em Montagem” denuncia as fraudes de montagens policiais na tentativa de incriminar judicialmente anarquistas apoiadores da luta dos povos do TIPNIS. No dia 29 de maio de 2012 em La Paz e Cochabamba, Bolívia, 12 casas particulares foram invadidas pela polícia à procura de 13 pessoas. Elxs estavam sendo acusados de tentativa de homicídio e terrorismo, além de lhe atribuírem a fabricação de artefatos explosivos. Tudo isto construído num contexto de mobilização social pela luta dos povos indígenas em defesa do TIPNIS e antes da reunião da OEA, em Cochabamba. A operação policial invadiu as casas sem a presença de alguns dos acusados ??oferecendo a opinião pública provas insuficientes, tais como máscaras ou patches punk.

– No a la Carretera – Intervención Secuestro TIPNIS
(Documentário | 36:41 min. | Bolívia)

 Os curta-metragens se passam na Bolívia e apresentam denuncias de grupos libertários e organizações indígenas do Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS) que estão sendo afetadas pela construção da Estrada do Pacífico, também conhecida como Rodovia Interoceânica (Carretera em espanhol), uma estrada binacional ligando o noroeste do Brasil ao litoral sul do Peru, através do estado brasileiro do Acre. TIPNIS é considerado um santuário nacional de pouco mais de um milhão de hectares, propriedade coletiva de aproximadamente 15 mil pessoas de três povoados indígenas: moxeños, yurakarés e chimanes. A construção dessa estrada afetará diretamente seus territórios e modos de vida.

Sábado, 14/12 – 15:30 | Sala 1

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“Sessão filme-debate – Manifestações no Brasil”

– Com Vandalismo
(Documentário | 70 min. | 2013 | Nigéria Audiovisual | Fortaleza/CE)

“SEM VANDALISMO!” repetiam gritando parte dos manifestantes que ocuparam as ruas de Fortaleza. Mas na multidão das manifestações, que explodiram no Brasil em junho de 2013, outros grupos empregaram métodos mais diretos. Tachados de “vândalos”, foram criminalizados por parte da grande mídia, antes mesmo de serem ouvidos. Este documentário vai à “linha de frente” para registrar os confrontos e entrevistar os manifestantes para mostrar as motivações dos atos de desobediência civil.

– Anarcovândalos em Townsville
(Animação | aprox. 7 min. | 2013 | Allan e Giu | São Paulo/SP)

A cidade de Townsville é o reino encantado da democracia. Tudo ocorre de maneira “igual, fraterna e livre”…até que uma “minoria baderneira”, usando de violência e vandalismo, começa a aterrorizar os cidadãos de bem. Quem poderá nos salvar? Meninas super poderosas, PSTU ou Fora do Eixo? Uma sátira anarquista à mídia burguesa e ao oportunismo de vanguarda.

– (A)partidários
(Documentário | 7:31 min. | 2013 | Matheus Maderal, Mike Garrossino e Nathalia Marangoni | São Paulo/SP)

20 de junho de 2013. Em uma Avenida Paulista dividida por bandeiras, rojões, caras pintadas e cordões humanos, uma câmera acompanha o que deveria ter sido um ato em comemoração à revogação do aumento da tarifa na cidade de São Paulo. Retratando o ambiente inflamado entre os manifestantes daquela quinta-feira, o mini documentário (A)partidários revela um campo de batalha ideológico que vai muito além de 20 centavos…

EXIBIÇÃO SEGUIDA DE DEBATE: REFLEXÕES LIBERTÁRIAS SOBRE AS ATUAIS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL,
Com ATIVISMO ABC, BIBLIOTECA TERRA LIVRE E REDE EXTREMO-SUL

Sábado, 14/12 – 18:00 | SALA 1

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– ESTRÉIA | 4F – Nem esquecimento, nem perdão
(Documentário | 110 min | 2013 | X | Espanha – legendas em português)
   

O documentário do 4F é um trabalho de investigação videográfica que busca conhecer a verdade sobre o caso 4F, um dos casos de corrupção policial mais graves que vieram a tona em Barcelona. Clique aqui para ler uma tradução de um texto sobre o caso, disponível em espanhol com mais informações em http://documental4f.cc/

Domingo, 15/12 – 16:00 | SALA 1

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“Sessão Filme-debate: Feminismo negro, anti-racismo e combate a lesbofobia”

– Feminismo Negro Contado em Primeira Pessoa  
(Documentário | 62 min.| 2013 | Do Morro Produções | São Paulo/SP)

Por meio de entrevistas com mulheres negras moradoras da cidade de São Paulo, o documentário discute o significado do 25 de julho como Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.

– Negra Lésbica
(Documentário | 5 min. | 2013 | Formiga, Priscilla, Roberta, Patricia  | São Paulo)

6 mulheres, 6 histórias diferentes, mas que apresentam um único elo: o preconceito que sofrem por serem negras e assumirem sua orientação sexual como lésbicas, dentro de uma sociedade machista, racista e heteronormativa.

EXIBIÇÃO SEGUIDA DE DEBATE COM PRESENÇA DXS REALIZADORXS E MULHERES ENVOLVIDAS NAS PRODUÇÕES.

Domingo, 15/12 – 18:00 | SALA 2

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Sistematização do Encontro Internacional do Ciclovida  + Construção da Cisterna de Ferrocimento
(Documentário | 40 min | 2013 | Coletivo Sem Nome | São Paulo/SP)

Em janeiro de 2012, um encontro internacional do Ciclovida aconteceu no Assentamento Mandu Ladino, com o objetivo de criar um espaço/momento para que os grupos participantes pudessem compartilhar experiências libertárias e conhecimentos em agroecologia, bem como para a construção de equipamentos de infraestrutura para um dos lotes do Assentamento, sede do Ciclovida no Ceará. Esse vídeo apresenta de forma sistematizada os principais conteúdos relacionados ao encontro: das motivações, organização e autogestão no seu desenrolar, até as perspectivas políticas compreendidas de forma mais ampliada.

+ CONVERSA COM “COLETIVO SEM NOME” SOBRE AS PERSPECTIVAS E ENCAMINHAMENTOS DO ENCONTRO E AS SEMENTES CRIOULAS

Domingo, 15/12 – 14:30 | SALA 2

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Aos Berros: Movimento Punk em Juiz de Fora
(Documentário | 50 min. | 2010 | Davi Ferreira, Jimmy Correa, Aline Freitas | Juiz de Fora/MG)

O filme narra a trajetória dos primeiros punks de Juiz de Fora, na zona da mata de MG. Através de uma ampla pesquisa, gravações com vários remanescentes dessa “primeira geração punk”, além da compilação e restauração de arquivos inéditos, o documentário produzido no estilo faça você mesmo punk tenta resgatar parte desta história esquecida e ofuscada pela memória oficial.
                                      
Domingo 15/12 – 16:30 | SALA 2

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Caminhada anarcológica JF
(Documentário | 17 min. | 2008 | Koletivo Punk JF | Juiz de Fora/MG)

Documentário sobre manifestações durante as eleições municipais de 2008 em Juiz de fora –MG . Buscou unir a questão ecológica a campanha do voto nulo como chamariz estético para despertar o dialogo com a população. Recolhemos lixo eleitoral ao longo do processo que foi simbolicamente entregue na câmara municipal as vésperas das eleições.

Domingo, 15/12 – 16:30 | SALA 2

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Bibliotecas em Espaços Autônomos – Biblioteca Terra Livre
(Documentário | 16:40 min | 2013 | Biblioteca Terra Livre | São Paulo/SP)

Video que busca apresentar a Biblioteca Terra LIvre, um pouco de sua historia, perspectivas e dificuldades. Serve como reflexão dentro de um projeto mais amplo que visa compreender os aspectos educativos e políticos dos espaços autogeridos e das bibliotecas anarquistas.
                                   
Sábado, 14/12 – 14:00 | SALA 2

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Squat Pantano Revida – O Filme
(Documentário | 25:14 min. | Sr. Cinza Produções / Coletivo Problema | Espírito Santo)

Filme que retrata as experiências, vivências e histórias do squat Pantano Revida, situado em Aracruz/ES, que resistiu durante quatro anos com muitas atividades e pessoas envolvidas, e sofreu reintegração de posse em agosto deste ano.
        
Sábado, 14/12 – 17:45 | SALA 2

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Beyond the Screams: A U.S. Latino Hardcore Punk Documentary
(29 min. | 1999 | Martin Sorrondeguy | EUA – legendas em português)

Documentário sobre a cena punk latina dentro do contexto norte-americano, com entrevistas diversas, imagens de época e apresentações de bandas como Huasinpungo, Los Crudos, Subsistencia, Sbitch, entre outras.

Domingo, 15/12 – 19:20 | SALA 1

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Conspirando Gritos Libertários
(Documentário | 32 min. | 2013 | Documental Amarillo y  Juventudes Sonoras de Nuevos Renaceres Insurgentes | Colombia – legendas em português)

Uma aproximação com a história de uma geração de jóvens marcada pela música e que a partir das idéias e práticas próprias do punk tem construído diversas atividades como uma forma de resposta à marcada violência social em que vivem, atacando todo tipo de hierarquias e formas de discriminação. Em um país governado por um estado hipócrita e instável, onde exercem pressão grupos armados que dizem atacá-lo e outros que dizem defendê-lo, algumas pessoas conspiram gritos libertarios.

Domingo, 15/12 – 18:10 | SALA 1

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Uma Parte – Uma parte da história do rock e das culturas subterrâneas em Tucuman e Argentina   
(Documentário | 2010 | José Saravia/Para el Fuego o Para el Baño Ediciones | Argentina – legendas em português)

UMA PARTE é um documentário sobre a movimentação punk em Tucuman(Argentina) que inclui diversos capitulos abordando aspectos diferentes e de momentos históricos distintos. Serão exibidos capítulos que abordam os fanzines de Tucumán e a cena punk dos anos 90 na região.             

Sábado, 14/12 – 14:15 | SALA 1

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CarnePerro
(Ficção | 4:19 min | 2012 | Matías Cerón Fabio | Chile)

Um açougueiro é sequestrado por um grupo de animais após se sentir culpado por atropelar um cachorro.  

                    
Domingo, 15/12 – 18:10 | SALA 1 

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Dos Canibais
(Experimental | 33:48 min. | 2012 | Léo Pimentel/Cin´Surgente | Brasília/DF)

“dos canibais” foi escrito por michel de montaigne (francês) em 1580. sendo a primeira relativização da europeidade realizada por um europeu ainda na era da invasão frente às culturas indígenas de nosso continente. A partir de alguns trechos da obra, este filme experimental reflete sobre as possibilidades de viver insurgentemente num mundo orientado pelo ativismo do capital, pela necessidade por artefatos e seus programas e pela ocidentalização epistemológica e sua cosmovisão monocultural.

Domingo, 15/12 – 14:00  | SALA 1  

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CICAS – 30/05/2010
(Experimental | 4:17 min. | 2010 | Marina Pandeló Paiva | São Paulo/SP)

Video feito para um trabalho na Faculdade de Educação da USP, cuja proposta era realizar um video-poesia que mostrasse as mais diferentes formas de se educar. Inspirada pelo curso desse professor anarquista, resolvi entrar em contato com o coletivo Cicas, que ocupou e revalitalizou um espaco cultural abandonado pela prefeitura na periferia de SP. Fiquei sabendo de um evento que ia rolar lá e, apesar de ter críticas à organização do evento, resolvi me fortalecer nas pessoas que lá estavam e com elxs criar algo. Fiz videos e fotos, curti o evento, comi, ri, não tive medo. Ao editar o material decidi colocar essa música do Team Dresch, uma banda queer feminista, que fala: lembre-se de quem você é e se refaça constantemente. Tinha muito a ver com meu momento na época: convivendo com meu agressor, sendo forte, não tendo medo, me recriando a todo instante. Meu objetivo: dar esperanças àquelxs que acham não haver mais saída.

Domingo, 15/12 – 15:00  | SALA 1

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O Muro da Vergonha
(Documentário | 15:40 min. | 2013 | Ação Direta de Vídeo Popular | São Paulo/SP)

Vídeo sobre a derrubada do ‘Muro da Vergonha’, que restringia a área da Favela do Moinho e colocava em risco a segurança de todos os moradores. Em reunião com representantes, o prefeito Haddad chegou a prometer a demolição do muro, mas não a executou. Cansada de esperar, a comunidade agiu por conta própria

Sábado, 14/12 – 17:00 | SALA 1

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Exibição Rede Extremo Sul
(Documentário | 2013 | Rede Extremo Sul | São Paulo/SP)

Sessão com vídeos produzidos pelos companheiros da Rede Extremo Sul sobre as movimentações sociais na região.

Sábado, 14/12 – 17:00 | SALA 1

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Caracas en Moto
(Documentário | 10 min. | 2013 | Daniel Ruiz Hueck | Venezuela)

Em Caracas, um motorista de carro perde no mínimo 3 horas diárias no trânsito, 15 horas semanais, 60 horas mensais, 30 dias por ano. Este curta fala sobre as motos em uma cidade submersa no caos, onde os motoqueiros se tornaram um elemento essencial da vida na capital.

Domingo, 15/12 – 18:10 | SALA 1

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Janela  
(Experimental, 4:26 min | 2013 | Verena Kael | Rio de Janeiro/RJ)

Com linha narrativa linear através da entrevista sobre urbanização no final do século XIX a imagem é apenas uma janela diante de outra que se encontra fechada.

Domingo, 15/12 – 15:00 | SALA 1

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Educatio, Onis
(Experimental | 4:25 min. | 2010 | Julio Fonte / Cinema de Guerrilha | São Paulo/SP)
       
Domingo, 15/12 – 19:20 | SALA 1

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Harina Acrata
(Animação, 1:26 min. | 2006 | José Saravia | Argentina – legendas em português)

Farinha Ácrata é o ingrediente com que se amassam os proletários rebeldes do restaurante de Don Pio, embora este não o saiba e os clientes se queixam todo o tempo.

Sábado, 14/12 – 14:15 | SALA 1

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1ª Rua de Fazer – Jd. Bandeirantes
(Documentário | 7:44 min. | 2013 | Coletivo Rua de Fazer | São Paulo/SP)

O filme é um registro das atividades do Projeto Rua de Fazer e mostra a ocupação das ruas de lazer do distrito Lajeado, Zona leste da cidade de São Paulo, propondo re-significar as ruas e fazendo xs moradorxs refletirem sobre sua finalidade.

Domingo, 15/12 – 15:00 | SALA 1

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Começou a Luta
(Documentário | 14 min. | 2012 | Lico Cardoso e Pedro Oliveira | São Paulo/SP)

Documentário que aborda o futebol na periferia do extremo leste da cidade de São Paulo, refletindo sobre como o esporte pode ser uma  ferramenta que permita discutir e reivindicar direitos, e estimular a criatividade para enfrentar os desafios. Se passa em um campeonato misto em um dia que a arte não ficou de fora e nem a política.
               
Domingo, 15/12 – 15:00  | SALA 1

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EXPOSIÇÕES

EXPO DE DESENHOS “ÁRVORE, ROSA PRETA MURCHA, NAVALHA, PREGO, SUICIDA e a FOLHA”

“Ser Black Block nos rabiscos e assassinar a idéia de iluminadxs na movimentação humana nesse pekeno torrão. Socializando info e ke é só começa. Abraços de abutre da biblioteca.”

por – (Rabiskador e ele memû) | Araçatuba/SP

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EXPO DE DESENHOS PUNKS E FEMINISTAS

por Kika | São Paulo/SP

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EXPO DE QUADROS
“COMO A MATÉRIA QUE HABITA O VÁCUO”

por Juliano Angelin | São Paulo/SP

“De diversos fragmentos do mundo, faço a minha arte, crio meu mundo, e tento destruir um mundo que me hostiliza.
Para se tornar leve como o ar, a água enfurece. Por quê eu seria diferente?”

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EXPO FOTOGRÁFICA
SQUATS E ESPAÇOS LIBERTÁRIOS NA EUROPA

por Marina Knup | São Paulo/SP

Fotografias de squats, infoshops, espaços anarquistas e centros sociais pela Europa na atualidade, tiradas em 11 países e mais de 20 cidades em 2013 durante a turnê européia da banda Tuna.

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OFICINAS

inscreva-se – festival@anarcopunk.org

Produção de vídeo, por Coletivo Rua de Fazer
                                                                         
Sábado a partir das 11 horas
e exibição do curta-resultado as 20hs

“A comunicação que vemos é a comunicação com ênfase em efeitos. Ela tem o objetivo de criar hábitos, condicionar pensamentos, conduzir ações e sentimentos, traz também modelos para serem adotados.
Contrariando isso, no festival acontecerá uma oficina de vídeo, começando com uma breve análise dos programas, uma explicação sobre a estrutura destes e partindo para a produção de um outro tipo de comunicação, na qual a gente se vê, se ouvi e partilha o que cada um/a pensa sobre o mundo e sobre si mesmx.

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Câmera pinhole,
com Renato (Coletivo Cultive Resistência)

A fotografia pode ser uma arte cheia de magia ou uma ferramenta muito útil. Como pode também ser uma banalidade que cabe no bolso e utilizamos a todo o tempo, sejam máquinas digitais cada vez menores ou celulares com câmeras cada vez mais potentes e performáticas. Mas para muitas pessoas a curiosidade e a diversão de fazer por si mesmo sua ferramenta e experimentar a estética e a técnica dos resultados pode ser muito mais divertido. Que tal câmera feita por você, com a forma e as características que você escolheu, usando apenas uma caixa de fósforos, papel, fita, tinta e um filme 36? Seja para registrar um passeio ou viagem, seja para a capa do disco novo da sua banda.

Domingo a partir das 11:00 [É necessário levar um filme fotográfico]

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APRESENTAÇÕES

ABERTURA | Sexta, 13/12 – a partir das 19hs

Sarau “Sangue, Suor e Poesia Libertária” + Apresentação de Juntas na Luta

Abrindo o festival pelo segundo ano, o Sarau inicia esta jornada de três dias com muita inspiração, contando ainda com a apresentação das companheiras do Juntas na Luta com seu rap feminista.
Traga sua poesia, texto, idéia e intervenção e participe!

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Apresentação teatral: O Perrengue da Lona Preta

O “sagrado” direito a propriedade privada, símbolo da cultura oficial, é reinterpretado neste espetáculo inspirado na tradição circense. Nele os palhaços Rabiola e Chico Remela reconstroem, de forma divertida, os símbolos, pretensamente eternos da ordem vigente.

Direção: Sergio Carozzi
Elenco: Joel Carozzi, Sergio Carozzi.
Figurinos: O Grupo
Produção: Henrique Alonso

Sábado, 14/12 às 21:00

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PROGRAMAÇÃO RESUMIDA

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SEXTA, 13 DE DEZEMBRO

A partir das 19hs | ABERTURA

* Exibição de curta-metragem panorama do Festival
* Sarau “Sangue, Suor e Poesia Libertária”
* Apresentação de Juntas na Luta (rap feminista)

* Abertura das exposições de fotografia de Marina Knup, desenhos de Kika, Nanu Alves e quadros de Juliano Angelin

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SÁBADO, 14 DE DEZEMBRO

A partir das 11:00 | Oficina de produção audiovisual,
com Coletivo Rua de Fazer  [inscrições pelo email festival@anarcopunk.org]

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SALA 1

14:15 | Una parte de la historia del rock y las culturas subterraneas en Tucumán y Argentina
e curta: Harina Acrata

15:30 | Sessão temática: De TIPNIS ao Santuário dos Pajés

17:00 | Rede Extremo Sul + O Muro da Vergonha

18:00 | Com Vandalismo
e curtas (A)Partidários e Anarcovândalos em Townsville
seguido de debate com Ativismo ABC, Biblioteca Terra Livre e Rede Extremo Sul

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SALA 2

14:00 | Bibliotecas em Espaços Autônomos: Biblioteca Terra Livre

14:20 | Sessão Guerra Civil Espanhola – seguido de debate com Biblioteca Terra Livre

16:30 | A Voz do Trabalhador Livre: As Judias Anarquistas

17:45 | Squat Pantano Revida – O Filme

20:00 | Exibição do vídeo produzido na oficina de audiovisual, por Coletivo Rua de Fazer

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ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA

21:00 | Apresentação teatral: Trupe da Lona Preta

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DOMINGO, 15 DE DEZEMBRO

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A partir das 11:00 | Oficina de Câmera Pinhole com Renato (Coletivo Cultive Resistência)

[inscrições pelo email festival@anarcopunk.org]

* é necessário levar filme fotográfico

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SALA 1

14:00 | Dos Canibais

15:00 | I Ruas de Fazer – Jardim Bandeirantes, Começou a Luta
e curtas: CICAS e Janela

16:00 | ESTRÉIA | 4F – Nem Esquecimento, Nem Perdão

18:10 | Conspirando Gritos Libertários
e curtas: Carne Perro e Caracas en Moto

19:20 | Beyond The Screams
e curta: Educatio, Omnis

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SALA 2

14:30 | Sessão Encontro Ciclovida
Seguido de conversa com Coletivo Sem Nome

16:30 | Caminhada Anarcológica JF e Aos Berros: Movimento Punk em Juíz de Fora

18:00 | Feminismo Negro Contado em Primeira Pessoa
e curta: Negra Lésbica
Seguido de debate com Do Morro Produções, realizadoras e participantes dos filmes